Quando tudo o que você quer é ficar em silêncio, na sua casa, com uma boa dose de café (ou vinho, não julgo) com um look bem confortável, daqueles que parecem que te abraçam, mas sem perder o estilo (importante estar linda, não é?) ... para esses momentos separei 3 livros que vão te viciar na leitura e te fazer querer devorar cada página com um toque de humor, sarcasmo, romance, e muita intensidade de tirar o folego! E que mesmo quando acabam ainda é difícil esquecer. Vem comigo ver.
As Intermitências da Morte
Imagina se, do nada, as pessoas parassem de morrer. Literalmente. É isso que acontece aqui. Saramago pega um tema considerado pesado, e joga uma pitada de humor, ironia e sarcasmo, tanto que a própria morte tem vida aqui e ela que “administra” quem vai permanecer neste mundo ou não, mas ela é rebelde e resolve mudar um pouquinho como as coisas geralmente funcionam e resolve mandar cartas as pessoas que estão próximas a morrer, avisando que a sua hora está chegando e que ela tem a oportunidade de resolver todas as pendências antes de partir.
O que você faria se soubesse que tem uma só semana de vida? E ainda mais, depois acontece de as pessoas simplesmente não morrerem mais, os doentes ficam entre a beira da vida e morte. Mas aí é que está, nessas mudanças o caos se instaura na cidade.
Essa trama toda, faz nós, meros mortais, pensar no que realmente importa na vida, no que estamos valorizando e como estamos vivendo.
Conde de Monte Cristo.
Esse aqui é um pouco mais longo, mas a leitura é tão envolvente que parece série daquelas que você maratona sem sentir. Vingança, redenção, reviravoltas de tirar o fôlego... Edmond Dantès é o tipo de personagem que você sofre e vibra junto. A trama começa com Edmond sendo traído por um “amigo” por um delato falso, bem quando estava prestes a se casar na hora seguinte, então o casamento vai pelos ares e ele é preso por anos até que finalmente foge e tem a sua liberdade e dinheiro o aguardando enterrado e escondido.
E quando soube que seu pai morreu e sua amada não sabe onde vive e como, vai atrás de procurar o culpado e fazer pagar o preço do tempo perdido na prisão. E se você descobre que o culpado é logo aquele que sua antiga amada esta casada?
Mas o problema é, essa busca por justiça vale a pena? Ou será melhor aproveitar essa segunda oportunidade da vida para aproveitar e esquecer o que se passou? Muitas vezes a vingança acaba nos cegando e é exatamente isso que vamos ver nessa leitura.
Orgulho e Preconceito.
Esse é um romance diferente do que estamos acostumadas, acontece em torno dos anos 1813. A Elizabeth Bennet, uma das personagens principais, é uma daquelas pessoas que você queria como amiga, com respostas afiadas e um senso de justiça na ponta da língua. E o Mr. Darcy? Um caso à parte.
A leitura começa com a mãe de Elizabeth Bennet caçando maridos para as suas quatro filhas, algo comum na época procurar se casar cedo com 17 anos, o estranho seria se não tivesse marido. Até que chega dois ricassos, entre eles o Mr. Darcy, e é claro que Sra. Bennet não perderia a oportunidade de apresentar as filhas. Dentro disso a leitura flui entre orgulho de um lado, preconceito de outro, um toque de comédia, reviravoltas, julgamentos antecipados e muitos escândalos quando... (lá vem spoiler!!!) a irmã mais jovem de Elizabeth foge. E nisso tudo ficamos torcendo firme e forte para Elizabeth e seu pretendente para futuro marido.
Leitura é como lingerie: o melhor é o que ninguém vê, mas que muda tudo dentro da gente.
Então aproveita esse fim de semana pra desacelerar, escolher uma peça confortável — ou provocante, por que não? — e mergulhar em uma boa história. Não tem certo ou errado, só o que te faz bem.
Entre páginas e rendas, você pode se redescobrir, se inspirar, ou simplesmente curtir a própria companhia — que, vamos combinar, é das melhores que existem.